sábado, 2 de novembro de 2013

Balneário Morro dos Conventos e o lixo da discórdia

Durante cerca de trinta cinco minutos, o Sr Âncora da rádio Araranguá entrevistou, dia 26 de outubro, os (as) cidadãos (ãs) do balneário Morro dos Conventos para tratar entre outros assuntos, reportagens, denúncias divulgadas nos últimos dias pela imprensa local e estadual acerca das depredações e vandalismos ocorridos no trecho da orla do guarda vidas central a  barra do rio Araranguá. Na abertura do programa o apresentador fez referência ao abaixo assinado que está tramitando na comunidade, que de acordo com os presentes, a intenção é encaminhar cópia ao MPF (Ministério Público Federal), MPE (Ministério Público Estadual) e Prefeitura para vetar a proposta de construção de Portão que impedirá  o acesso de veículos à praia durante a noite.
O 1º cidadão ressaltou que é inconcebível impedir o deslocamento de pessoas para visitar um dos cartões postais do município, que antes de ser feito, se tome outras medidas. Talvez não é de conhecimento do 1º Cidadão que em reunião ocorrida no 19º Batalhão da Polícia Militar de Araranguá, 23 de outubro,  foi discutida a proposta de intensificar a fiscalização na orla, porém, tanto a Polícia Militar, como Fama e Prefeitura argumentaram que não teriam condições naquele momento para sua efetivação, e cuja saída momentânea seria fechar a praia à noite.
A Fama se prontificou em fixar placas informativas e educativas para alertar os motoristas. Sobre as fotografias postadas na net retratando o lixo, o 1º Cidadão admitiu que tal ação denigre a imagem do balneário, que a prefeitura tem a obrigação de viabilizar campanha de educação ambiental. A 1ª Cidadã  recomendou que em vez de fotos mostrando aspectos negativos, que seja enfatizado as coisas belas do balneário como o paredão. A 1ª cidadã deveria se informar melhor acerca das ações desempenhadas pela entidade ambiental no balneário, que há dois anos vem encaminhando denúncias das irregularidades no balneário aos órgãos ambientais locais e aos MPF e MPE, que o poder público local foi intimado para tomar providências, porém, não foram cumpridas. Não tendo mais a quem recorrer nos resta a imprensa escrita e falada e as redes sociais como canais de denúncias.
O  enfatizou erroneamente que o lixo na orla está concentrado apenas num determinado ponto, não sendo visualizado em toda extensão da praia. Se o mesmo, antes de ter falado tais asneiras ao vivo, saísse da sua zona de conforto e transitasse todo trecho da orla ligando a barra até a plataforma de pesca, verificaria em loco a quantidade de lixo depositada.  O 1º Cidadão destacou que é preciso fazer campanha de conscientização sobre o lixo, que as fotos postadas na net, tiveram por objetivo atingir unicamente a administração, porém, denigrem a imagem do balneário, que vive do turismo. Mais uma vez desconhece que a escola do balneário vem fazendo esse trabalho há anos, que no dia 05 de outubro, estudantes, professores, com apoio da Fama e imprensa fizeram esse trabalho. O próprio 1º Cidadão poderia estar participando conosco da limpeza, pois sendo integrante da polícia ambiental militar, estaria elevando o nome entidade a qual pertence, como fez a fama, cujo superintendente e seu assessor estavam metendo a mão na massa. 
Sr. Âncora continuou com sua postura de parcialidade admitindo categoricamente que o Morro vem sendo morto aos poucos, querem agora transformá-lo num dormitório, onde tudo não pode, nada pode. Quem está matando o morro aos poucos? A população? A entidade ambiental oscip?
O 1º Cidadão citou a empresa de etiquetas instalada no balneário, que há comentários de que a mesma está para ser transferida para Criciúma, que é preciso acionar o poder público municipal na tentativa dar incentivos fiscais para mantê-la no bairro. Destacou também, que a empresa, no passado, foi denunciada por crime ambiental, que segundo a 1ª Cidadã foi divido ao “cheirinho de cola” que ela liberava desagradando as pessoas em sua volta. Sr. Âncora debochou mais uma vez que o cheirinho prejudicava tatuíras, as papa-terras. Essa história de que a empresa está para se transferir para outro município vem sendo cogitado há vários anos, porém, continua lá. Por que razão continua lá se vários municípios já fizeram propostas tentadoras de incentivos fiscais. Seria pelo fato do baixo e mísero salário que vem pagando os seus funcionários, tornando-os reféns das ameaças constantes de transferência. Quem se arriscaria pressionar o proprietário da empresa para a instalação de humilde refeitório para que seus trabalhadores (as) tenham um local higiênico e tranqüilo para suas refeições?
Sobre o “cheirinho de cola” ressaltado pela 1ª Cidadã, de debochado por Saulo, que disse que contaminaria às tatuíras e as papa-terras, desconhece ambos que a vigilância sanitária de Araranguá inúmeras vezes esteve no local, quando da sua instalação, e constatou que a empresa descumpria normas elementares de segurança, que o material liberado (cola) era extremamente tóxico, que foram instalados  sistemas de coleta do material poluidor reduzindo a incidência no ar. Se não houvesse as denúncias, provavelmente os (as) trabalhadores (as) da empresa, muitos deles (as) já estivessem encostado (a) ou aposentado (a) por ter contraído doenças degenerativas.  
 Sobre o portão cogitado 2ª Cidadã ressaltou que associação não foi consultada, que fez reunião com a comunidade depois de informada da decisão, resultando no abaixo assinado. Deveria ter dito a 2ª cidadã que a responsabilidade pela realização da reunião que tratou do portão foi do comandante do 19º batalhão de polícia, que a Oscip apenas tinha solicitado o encontro, porém desconhecia quem estaria presente, muito menos a proposta do portão, que foi sugestão da FAMA e PREFEITURA. Nesse instante, Sr. Âncora interrompe opinando que apenas a associação de moradores tem legitimidade para tratar dos assuntos relativos ao balneário, não pseudo ecochatos, fazendo referência a Oscip Preservação. Mais uma vez o apresentador se equivocou quando afirmou que apenas a associação tem representatividade no bairro, não sabendo que a Oscip Preserv’Ação, também tem legitimidade, pois é uma entidade com estatuto, que atua a dois anos no bairro.
Um ouvinte citou exemplos de regiões como o nordeste cujas dunas são removidas para a construção de quiosques e outros empreendimentos, que aqui nada pode. Durante décadas o que vem ocorrendo no Brasil é o desrespeito perpétuo das legislações ambientais, tornando cidades, bairros reféns dos mandonismos políticos de plantão. No momento em que entidades ambientais acionam o poder público denunciando crimes ambientais, o desrespeito as legislações, automaticamente entra em ação os insensatos que procuram responsabilizar o atraso socioeconômico a ação desses ativistas tachados erroneamente de ecochatos. Graças aos ecochatos que praias como o Morro dos Conventos ainda permite que cidadãos  (as) “nativos” e turistas usufruam das águas limpas do mar sem riscos de contrair doenças parasitárias advindas do esgoto. 
1ª cidadã continuou enfatizando a questão sujeira no balneário, que  foi feita uma única vez no ano, na parte de cima, quando da visita do bispo em Araranguá. O 1º Cidadão continuou destacando os melhoramentos que devem ocorrer no Morro como a construção de banheiros na parte de baixo, que deve ser bem elaboro o projeto. Sobre o banheiro esqueceu de relatar o 1º cidadão que o referido projeto deve estar inserido numa TAC (Termo de Ajuste de Conduta), exigência da lei n. 10.257/2001, do Estatuto das Cidades, que os dejetos sejam recolhidos e transportados para outro local, evitando a contaminação do solo, do lençol freático e da praia. Sr. Âncora, o retrucou, em forma de deboche: “não, banheeeiro... de Jeito nenhum.
Sobre a reportagem de capa divulgada no começo da semana pelo Jornal Enfoque popular  que traz na manchete: “Morro pede Socorro”, Sr. Âncora argumentou que a imagem dá uma conotação negativa. O 1º cidadão aproveitou a deixa para comentar acerca da imagem com lixo do morro divulgada pelo Diário Catarinense em 17 de setembro, que a mesma foi encaminhada por um cidadão do próprio balneário. Em relação ao jornal enfoque popular, o referido diário vem prestando um eficiente serviço à sociedade, mantendo sua política de levar a público, imagens, notícias e reportagens que retratam a realidade do município. Criticar o jornal por apresentar imagem e manchete negativa do balneário, é uma forma de desviar a atenção do público acerca do problema posto, que é o vandalismo no morro.    
Sobre a atitude do Ministério Público Federal acerca do “portão”, o 1º Cidadão afirmou que a entidade federal foi acionada por alguém, que encaminhou denúncia e imagens, e que a mesma não esteve no local para averiguar in loco a situação.  É de desconhecimento do 1º cidadão que nos dois últimos anos o órgão federal esteve no balneário por duas vezes. A primeira ocorreu em 05 de outubro de 2012, quando aqui esteve representando o governo federal a Procuradora Rafaela, um geólogo e outro profissional, acompanhados pelo representante da Fama, Luiz Lemer; Henrique aieda, Promotor Público do MPE e imprensa. Na ocasião foram detectadas inúmeras irregularidades como edificações em área de preservação permanente.
A procuradora acionou o órgão ambiental municipal para que fosse proferida ação de embargo imediato às construções irregulares. Mesmo embargadas foram concluídas sem nenhum impedimento dos órgãos ambientais. É importante esclarecer que os terrenos situados em áreas de marinha, de acordo com a resolução 309 do Conama, o município não tem autorização de liberar alvarás para novas construções enquanto não houver regularização dessas áreas. Sendo assim, toda área da parte baixa do balneário está embargada, portanto é crime e passiva de demolição toda edificação que lá vier a ser construída.
Em primeiro de agosto de 2013, novamente o balneário recebeu visita da Procuradora da República, Drª Andrea, substituindo a anterior que pediu remoção, acompanhada por um perito federal e os policiais ambientais Tel e Jhonatan, no qual fizeram um amplo levantamento dos problemas em toda orla, que na ocasião perguntou sobre a estrada que liga a barra, afirmando que a mesma seria tema de discussão em reunião marcada em Criciúma com a Prefeitura e Fama, para   encontrar uma saída acerca do trânsito de veículos sobre a orla do balneário. Portanto, tanto MPF, Prefeitura, Fama e a Polícia Ambiental, ambos tinham compreensão dos problemas do balneário e a certeza da ação da procuradora federal.
O 1º cidadão deixou claro que o que está se fazendo no balneário é intensificar de uma idéia de “insegurança ambiental”, que quem está divulgando as imagens e reportagens desconhece que o balneário tem o seu ambiente equilibrado, cuja imagem de pássaros mostrada na capa do jornal comprova sua afirmação. Mais uma vez desconhece o cidadão que no dia anterior a coleta das fotos pelo jornal, que foi domingo, dezenas de automóveis com seus sons potentes estavam lá estacionados, cujo barulho era ensurdecedor. Era visível a presença de pessoas embriagadas fazendo suas necessidades sobre a areia e lixo espalhados por todos os cantos. O lixo que aparece na foto do jornal foi recolhido por mim e pela repórter do enfoque popular que lá estava. O agravante é que a prefeitura não tem no seu itinerário recolhimento de lixo naquele local, portanto, as respectivas garrafas pet, latas de cerveja, entre outras, tem um destino certo, o fundo do rio e do oceano, isso não é insegurança ambiental? 
O 1º cidadão ressaltou as potencialidades oferecidas pelo balneário, consideradas uma das mais completas do Brasil, com ampla diversidade de atrativos que podem ser bem utilizados para atrair turistas. Sr. Âncora, novamente debochou dizendo que não pode, que as imagens negativas que foram divulgadas, tinham como propósito a  promoção de quem enviou. Promoção em que sentido? Um cargo político, medalha, estátua em praça pública? Nada disso o interessa, o que importa é a ação, a intenção, ter consciência de que o que está sendo feito tem como princípio alertar as pessoas sobre o problema e que devem ser tomadas providências, pena que poucas são as pessoas que fazem a mesma coisa. Como caminhar sobre o lixo, garrafas quebradas e não se sensibilizar, se revoltar?
 No programa foi discutido a projeto de construção de um mirante nas proximidades do farol. O 1º cidadão alertou que não pode ser pensado qualquer projeto, sendo mais correto, fazer caixa financeiro, para assim, construir um empreendimento de grande envergadura, algo vistoso. Em relação ao mirante, há muito tempo a Oscip vem defendendo que projetos desse gênero devem ser pensados integrados a um projeto maior que é a Unidade de Preservação que está tramitando há anos na prefeitura. Qualquer proposta isolada será refutada pela entidade. Também, cabe alertar, antes de divulgar qualquer projeto para o balneário, a exemplo do mirante em questão, é necessário dialogá-lo com a comunidade, ouvi-la, observar se tais iniciativas contemplam as aspirações da população local. 
Novamente o tema lixo entrou na discussão quando um ouvinte destacou que o maior poluidor do balneário é o rio Araranguá, que lança dejetos na praia, opinião que foi referendada pelo 1º cidadão. A 3ª cidadã também se manifestou denunciando cidadão do Morro por estar retirando lixo das lixeiras, despejando no chão, tirando fotos e postando na internet, atitude que  vem se repetindo todos os finais de semana. Se a mesma fez tal acusação deveria ter citado nome do responsável. Não o fará porque é uma inverdade, cuja intenção da mesma é fazer com que as pessoas desconfiem das imagens postadas, acreditando que foram forjadas, manipuladas. 
O 1º cidadão fez referência ao projeto Caminho dos Cânions cujo Balneário Morro dos Conventos não está contemplado. Por apresentar o balneário monumento geológico com características semelhantes a região dos cânions, o mesmo está incluindo no projeto geoparque: caminho dos cânions do sul. Portanto é mais um motivo para preservá-lo. Seguindo as recomendações de órgãos como a UNESCO que obriga os municípios proponentes a candidatura a seguir algumas determinações como a educação ambiental, a escola do balneário vem desenvolvendo ampla campanha de conscientização dos estudantes, da população local quanto a limpeza, proteção e manejo correto dos recursos existentes, pois isso é um dos critérios que será levando em consideração na hora da avaliação dos sítios.
                 Para concluir aclamou a população do balneário para não integrarem a nenhuma outra entidade que esteja envolvida nas questões do bairro, que a única legítima é a associação de moradores. Criticou os jornais do município que vem divulgando reportagens negativas do balneário que praticando um desserviço para a comunidade.     

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Reportagem realizada pelo Jornal Enfoque Popular, dia 21 de outubro de 2013, no Morro dos Conventos, apresentando os problemas e suas potencialidades ambientais e econômicas 





segunda-feira, 21 de outubro de 2013


MORRO DOS CONVENTOS CONTINUA PEDINDO SOCORRO

ESSAS IMAGENS SÃO DAS BADERNAS NO MORRO DOS CONVENTOS E BARRA DO RIO ARARANGUÁ OCORRIDAS NESSE ÚLTIMO FINAL DE SEMANA. É INSUPORTÁVEL TER QUE CONVIVER TODAS AS SEXTAS, SÁBADOS E DOMINGOS COM TAMANHA POLUIÇÃO E DESTRUIÇÃO DO NOSSO  CARTÃO POSTAL. PASSEAR PELA PRAIA COM AMIGOS (AS), FILHOS (AS), ESPOSAS (OS), NAMORADOS (AS) ESTÁ SE TORNANDO ARRISCADO, UMA VERDADEIRA AVENTURA. ALÉM DO MAIS OS (AS) CAMINHANTES TÊM QUE DISPUTAR OS ESPAÇOS COM VEÍCULOS QUE TRANSITAM EM ALTA VELOCIDADE E FAZENDO ACROBACIAS, POSSIVELMENTE DIRIGIDOS POR MOTORISTAS EMBRIAGADOS (AS). SEM CONTAR A  MÁXIMA ATENÇÃO QUE DEVEM TER AS PESSOAS PARA NÃO PISAREM SOBRE CACOS DE VIDROS ESPALHADOS POR TODA ORLA. LEMBRO-ME DA MINHA ADOLESCÊNCIA QUANDO NOS FINAIS DE SEMANA ME DESLOCAVA PARA A BARRA DO RIO ARARANGUÁ ACOMPANHAR OS INÚMEROS PESCADORES QUE COM SUAS TARRAFAS RETIRAVAM DO RIO O SEU SUSTENTO, CUJA PESCA ERA AUXILIADA PELOS VÁRIOS BOTOS IDENTIFICADOS CARINHOSAMENTE POR NOMES. HOJE, NÃO HÁ MAIS PEIXES, PESCADORES, MUITO MENOS BOTO.  APENAS CARROS E MAIS CARROS, COM SONS ESTRIDENTES, PESSOAS ALCOOLIZADAS, LIXO POR TODOS OS CANTOS. APENAS RASTROS DE DESTRUIÇÃO. ONDE ESTÃO AS AUTORIDADES?     














quinta-feira, 17 de outubro de 2013



Estudantes e professores (as) da Escola de E. Fundamental Padre Antônio Luiz Dias do Baln. Morro dos Conventos visitaram o Parque Aparados da Serra, no Município de Cambará do Sul/RS.

Dando sequência as etapas do projeto “Unidade de Preservação: uma proposta socieducativa para o desenvolvimento econômico sustentável do Balneário Morro dos Conventos”, que está sendo desenvolvido pela Escola de Educação Fundamental Padre Antônio Luiz Dias em parceria com a Oscip Presererv’Ação, 23 estudantes das sétimas e oitavas séries e quatro professores estiveram sexta feira, 11 de outubro de 2013, visitando o Parque do Itaimbezinho, situado no município de Cambará do Sul/RS, cujo objetivo foi ampliar os conhecimentos sobre unidades de conservação e buscar subsídios para aprofundar a proposta que está sendo cogitada para o município de Araranguá.

Quando se chegou ao parque o grupo seguiu uma trilha de cerca de três quilômetros se posicionando num mirante conhecido por Trilha do Cotovelo. No local foram recepcionados por um guia ou condutor que durante uma hora aproximadamente fez amplo relato da atual situação estrutural do parque, e o papel dos condutores para garantir aos visitantes um passeio seguro, rico de informações, conhecimentos e curiosidades. De acordo com seu relato, o parque Aparados da Serra possui foi criado em 1959, portanto possui mais de cinqüenta anos de existência, porém, foi no final da década de 1990 que foram sancionadas normatizações estabelecendo critérios quanto ao seu manejo garantindo acesso à visitação sem impactar o ecossistema local.
Um dos principais desafios do parque é em relação as propriedades particulares situadas nos seus limites, muitas delas já indenizadas há anos, porém, por falta de documentações comprobatórias, os proprietários ou herdeiros brigam na justiça por novas avaliações e indenizações. Há casos como a área onde está situado o Cânion do Fortaleza, onde apenas um proprietário possui dez mil hectares de terras, e cujos acordos visando a desapropriação da propriedade estão muito longe para ser solucionado.   
Portanto, tudo leva a crer que o problema irá se arrastar por longos e longos anos. É decorrente desse imbróglio jurídico que o parque vem atualmente passando por situações de dificuldades, impossibilitado de fomentar reparos ou melhoramentos devido aos embargos impetrados na justiça. Destacou o condutor que muitas trilhas estão fechadas devido aos impasses judiciais. Se estivessem disponibilizadas proporcionariam aos visitantes opções de trilhas que durariam cerca de uma semana para concluí-las sem repeti-las.  
E para agravar ainda mais, no mês de julho desse ano, o parque foi atingindo por incêndio que destruiu extensa área de vegetação e espécies da fauna. Não há duvidas que o ato tenha sido criminoso, ressaltou. O problema da caça criminosa é outro problema ainda a ser enfrentado. Não há fiscalização suficiente para cobrir todo parque e autuar os (as) infratores (as). Fora esses detalhes negativos, o parque recebeu em 2012 aproximadamente 120 mil visitantes, procedentes do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e de outras regiões brasileiras como São Paulo, Minas Gerais. É um número bem expressivo considerando também as dificuldades de acesso, pois a principal rodovia que faz ligação, ainda não está pavimentada dificultando o deslocamento de carros e ônibus.
 
Destacou que o parque se constituiu graças a sua formação geomorfologia, ou seja, do extraordinário derramamento basáltico ocorrido há cerca de 230 milhões de anos, que somada as peculiaridades climáticas e outros fenômenos como o inteperismo das rochas resultaram nos inúmeros Cânions, únicos desse gênero no planeta. São esses atributos singulares que visitantes e turistas procuram conhecer. Sendo assim, é necessário edificar nas escolas outra cultura que oportunize a valorização de ambientes complexos como esses, que além das belezas cênicas ou visuais oferecidas, proporcionam  momentos de absoluta fascinação, sintonia e interconexão com o cosmo e demais elementos da natureza.
 
Foram essas habilidades sensitivas que estudantes e professores (as) adquiriram quando transitaram pelas trilhas do parque, com várias paradas técnicas para mostrá-los (as) espécies endêmicas e curiosas da flora como os xaxins centenários; erva-mate rústica; brinco de princesa considerada flor símbolo do Rio Grande do Sul; goiabeira brava; capim criciúma; o pinheiro ou araucária; as minúsculas orquídeas vermelhas; o fungo avermelhado presente nos troncos das árvores que demonstra a pureza do ar, entre outras tantas. Além, é claro, de espécies invasoras trazidas pelo homem e animais, bois e vacas que transitam livremente pelo parque provocando impacto ao ecossistema local. Ficou claro a todos (as) presentes que a atuação do (a) guia ou condutor (a) nas unidades de conservação como, por exemplo, o parque visitado, o (a) profissional deve demonstrar vasto conhecimento geral, competência, sensibilidade e, acima de tudo, respeito a todos os elementos que compõem a natureza.
   

A presença desse (a) profissional é imprescindível para garantir a quem visita o parque ou qualquer outra unidade de conservação um passeio seguro. Os (as) condutores (as) que atuam na região, segundo o guia entrevistado, tiveram sua formação na Escola Técnica Federal de Santa Rosa do Sul, muitos (as) dos (as) quais vinculados (as) a ACONTUR, associação na qual é pioneira no sul do Brasil, porém, seus (as) integrantes não são ainda reconhecidos (as) como profissionais. Ressaltou que os condutores (as) são divididos (as)  em duas categorias, os (as) guias locais e os (as) regionais. Os (as) locais são os (as) que possuem treinamento específico para exercer o trabalho num determinado local e com amplo conhecimento  das especificidades ali existentes, enquanto que o regional sua formação lhe dá condições para  atuar em qualquer região do Brasil. 
Foram essas e outras instigantes informações que todos (as) trouxeram na bagagem quando retornaram da visita realizada no parque. Era visível no olhar dos (as) que lá estiveram grato sentimento de entusiasmo quanto a tudo que virem e ouviram. Talvez alguns/algumas ali presentes tenham percebido que o Balneário Morro dos Conventos, guardando algumas ressalvas, apresenta igual ou maior qualificação para se transformar em um dos destinos de maior atração turística do sul de Santa Catarina, gerando emprego e renda à população do município. Além do magnífico monumento geológico, que é um testemunho da serra geral, outros atrativos importantes poderão compor o roteiro do balneário Morro dos Conventos como o cinqüentenário farol construído há mais de cinqüenta anos; o hotel; os sítios arqueológicos sambaquianos; a furna marinha; a foz do rio Araranguá, cuja água muda de cores ao longo do dia. Sem mencionar as belezas cênicas e o rico acervo cultural das comunidades tradicionais ali situadas há mais de cem anos.  
   
 
Se o Parque dos Aparados da Serra com todas as dificuldades apresentadas recebeu em 2012 cerca de cento e vinte mil visitantes, com a unidade de preservação estruturada no balneário expressiva parcela desses turistas poderia ser atraída para cá movimentando a economia local. O que se constata quanto se debate temas como o turismo regional, isso inclui os municípios da Amesc e Amrec, é a dificuldade dos gestores públicos de vislumbrarem as potencialidades oferecidas e o impulso que daria à região, ainda mais com a conclusão da duplicação da BR-101 e dos trechos restantes das rodovias das Serras do Faxinal e Rocinha. Sem contar os eventos esportivos previstos para os próximos anos como a Copa do Mundo em 2014, com duas sedes no sul do Brasil, uma em Porto Alegre e outra em Curitiba, com o trânsito obrigatório de milhares de turistas pelo território araranguaense, que dificilmente irão parar por falta de opção.

É inadmissível acreditar que paralela as obras de infraestrutura em andamento e outras em vias de licitação, a região do vale do Araranguá continua tratando o turismo como tema secundário dando total cobertura para a atração de empresas tradicionais que comprovadamente pouco emprego gera. Onde estão as políticas de fomento ao desenvolvimento regional coordenadas pela Secretaria de Desenvolvimento Regional de Araranguá, em especial ao projeto Geoparque: Caminho dos Cânions Sul? Por que nos últimos tempos não se ouviu mais comentários acerca desse assunto, sendo uma proposta realmente instigante para impulsionar o turismo sustentável na região? Não seria mais uma das tantas promessas e políticas inconclusivas da secretaria regional, não levadas a frente tanto pela  indisposição de recursos como pela incapacidade de gestão dos que são indicados para coordenar a pasta?

 
O que é preciso ser feito é desconstruir conceitos negativos como o que estabelece a região do extremo sul como uma das mais atrasadas economicamente em relação ao restante do estado. A causa, certamente, não estaria na falta de potencialidades para ativar a economia regional. É inquestionável e é de conhecimento de todos (as) que a região apresenta especificidades que a distingue das demais regiões como o fabuloso e diversificado potencial turístico, cuja distância média de cinquenta quilômetros proporciona aos turistas duas opções de lazer bem distintas, os Cânions dos aparados da serra e as inúmeras praias como a do Balneário Morro dos Conventos.

Como dinamizar tudo isso? A resposta estaria numa transformação cultural profunda a começar pela reciclagem político administrativa, ou seja, excluir definitivamente da vida pública personalidades alojadas no poder há décadas, que se nutrem da miséria econômica e cultural de uma população que somente é lembrada de quatro em quatro anos. Não há como vislumbrar horizontes econômicos baseados na sustentabilidade preservando as mesmas estruturas políticas arcaicas que dependem desse atraso para se perpetuar no poder. Pensar em turismo vai além do ato de construir um portal estampando mascote ou algum símbolo relevante do município. É um assunto que exige dos gestores públicos e dos demais envolvidos no turismo para a região da AMESC, conhecimento, profissionalismo e, principalmente, sensibilidade. Se tais critérios forem considerados em detrimento político, seguramente estaremos trilhando o caminho que transformará o sul de Santa Catarina em uma das mais prósperas do estado.           







































domingo, 6 de outubro de 2013



ESCLARECIMENTO IMPORTANTE SOBRE A FAXINA REALIZADA NO BALNEÁRIO MORRO DOS CONVENTOS, DIA 05/10/2013, ENVOLVENDO A ESCOLA DE.E.F PADRE ANTÔNIO LUIZ DIAS E OSCIP PRESERV'AÇÃO

É IMPORTANTE RESSALTAR A TODOS (AS) QUE A OSCIP PRESERV'AÇÃO E A ESCOLA DO BALNEÁRIO, QUANDO ASSUMIRAM O COMPROMISSO DE LEVAR A FRENTE O PROJETO QUE ESTÁ EM ANDAMENTO E CUJO TEMA É: "UNIDADE DE PRESERVAÇÃO MORRO DOS CONVENTOS: UMA PROPOSTA SOCIOEDUCATIVA PARA O DESENVOLVIMENTO DO BALNEÁRIO", FOI PELO SIMPLES FATO DE QUE É POSSÍVEL TORNAR O MORRO DOS CONVENTOS UMA DAS PRINCIPAIS ROTAS TURÍSTICAS DO SUL DO BRASIL, ATRAINDO PESSOAS DE DIFERENTES REGIÕES BRASILEIRAS E DO EXTERIOR, PARA CONHECER E SE MARAVILHAR COM A EXTRAORDINÁRIA BELEZA PAISAGÍSTICA OFERECIDA, DEIXANDO AQUI DIVISAS NECESSÁRIAS PARA O DESENVOLVIMENTO DO MUNICÍPIO. ALÉM DAS BELEZAS CÊNICAS, OUTROS ELEMENTOS IMPORTANTES TAMBÉM CONTRIBUEM NA CONSTITUIÇÃO DO COMPLEXO MOSAICO ECOSSISTÊMICO: O MONUMENTO GEOLÓGICO DE APROXIMADAMENTE 200 MILHÕES DE ANOS, SENDO UM TESTEMUNHO DA SERRA GERAL; OS DIVERSOS SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS SAMBAQUIANOS, DE 5 A 6 MIL ANOS; A FURNA MARINHA; RESTINGA; DUNAS; FAUNA E FLORA; FAROL, SEM CONTAR A ÁGUA DO OCEANO QUE AINDA APRESENTA UMA BALNEABILIDADE PRÓPRIA PARA BANHO. É IMPORTANTE QUE TODOS (AS) COMPREENDAM QUE A OSCIP PRESERV'AÇÃO QUANDO FOI CONSTITUÍDA HÁ DOIS ANOS, UMA DAS METAS INSERIDA NO ESTATUTO, É A PROMOÇÃO AÇÕES DE PARCERIAS COM OS PODERES CONSTITUÍDOS, ESPECIALMENTE A ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL E ÓRGÃO AMBIENTAL LOCAL, NAS DISCUSSÕES DE POLÍTICAS PÚBLICAS CONSISTENTES VISANDO O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SUSTENTÁVEL DO BALNEÁRIO COMO TAMBÉM DO PRÓPRIO MUNICÍPIO. JAMAIS, SOB HIPÓTESE ALGUMA, NAS REUNIÕES QUINZENAIS REALIZADAS PELA OSCIP OU EM QUALQUER OUTRO LOCAL, FOI LANÇADO QUALQUER OPINIÃO OU COMENTÁRIO QUE FUGISSE A ESSE PROPÓSITO. O QUE REALMENTE QUEREMOS E JAMAIS ABRIMOS OU ABRIREMOS MÃOS DESSE PRINCÍPIO, PODENDO SER CONSTATADO NAS INÚMERAS AÇÕES QUE HOUVERAM DURANTE OS DOIS ANOS DE EXISTÊNCIA, É O RESPEITO E O CUMPRIMENTO ÀS LEIS AMBIENTAIS, QUE OS ÓRGÃOS AMBIENTAIS E AS DEMAIS ENTIDADES EXERÇAM CORRETAMENTE SUAS FUNÇÕES, POIS SÓ ASSIM TEREMOS UM ARARANGUÁ MELHOR.


ESCLARECIMENTO SOBRE A CONSTRUÇÃO DO PORTÃO NA ORLA DO BALNEÁRIO MORRO DOS CONVENTOS

OUTRO ASPECTO QUE DEVE SER ESCLARECIDO É QUANTO A DECISÃO TOMADA SOBRE A CONSTRUÇÃO DE UM PORTÃO IMPEDINDO À NOITE O TRÂNSITO DE VEÍCULOS NA ORLA DO MORRO DOS CONVENTOS. CABE DESTACAR QUE A OSCIP PRESERV'AÇÃO EM NENHUM MOMENTO LANÇOU QUALQUER OPINIÃO OU PROPOSTA QUE RESULTASSE NESSA DECISÃO. O QUE DE FATO OCORREU FOI O ENCAMINHAMENTO AO MINISTÉRIO PUBLICO FEDERAL OFÍCIO SOLICITANDO SOLUÇÕES QUANTO A POLUIÇÃO SONORA E O LIXO DEPOSITADO NA PRAIA. EM REUNIÃO REALIZADA EM CRICIÚMA, ENVOLVENDO O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, PREFEITURA E FAMA, SEM A PRESENÇA DA OSCIP, FOI ACORDADO ENTRE AMBOS AS ENTIDADES A COLOCAÇÃO DO RESPECTIVO PORTÃO NO TRECHO NORTE QUE LIGA A BARRA DO RIO ARARANGUÁ. DIANTE DO OCORRIDO, A ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DO BALNEÁRIO PROMOVEU ENCONTRO COM A POPULAÇÃO, DIA 30/09/2013, PARA DEBATER A DECISÃO TOMADA EM CRICIÚMA, POIS ALEGAVA DESCONHECIMENTO DOS FATOS, NÃO TENDO SIDO CONVIDADA TAMBÉM PARA A REUNIÃO DO DIA 23 DE SETEMBRO ÚLTIMO NA SEDE DO 19º BATALHÃO DA POLÍCIA MILITAR DE ARARANGUÁ ONDE FOI DEBATIDO ALGUMAS ESTRATÉGIAS EMERGENCIAIS A SEREM EFETIVADAS. A PARTICIPAÇÃO DA OSCIP NA REUNIÃO DA ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES FOI APENAS PARA ESCLARECER OS PRESENTES SOBRE AS AÇÕES QUE VEM ADOTANDO, REITERANDO QUE A DECISÃO DO PORTÃO NÃO PARTIU DELA. VÁRIOS INTEGRANTES DA PRESERV'AÇÃO, COMO O PRÓPRIO COORDENADOR, FORAM INTERCEPTADOS ALGUMAS VEZES POR CIDADÃOS LANÇANDO COMENTÁRIOS ÁSPERAS COMO: "POR QUE VOCÊS QUEREM COLOCAR O PORTÃO PROIBINDO A ENTRADA DE VEÍCULOS NA PRAIA"? SÃO ATITUDES QUE PARECEM TER O CLARO PROPÓSITO DE NOS AMEDRONTAR. MAIS UMA VEZ RESSALTAMOS QUE A OSCIP PRESERV'AÇÃO SEMPRE PRIMOU E PRIMARÁ PELO DESENVOLVIMENTO DO BALNEÁRIO, PORÉM, A PARTIR DE CRITÉRIOS BEM CLAROS, RESPEITANDO AS PECULIARIDADES AMBIENTAIS DO LOCAL, INSERINDO A POPULAÇÃO DO BAIRRO NAS DISCUSSÕES DE PROJETOS QUE VIEREM A OCORRER.